(sobre o conceito do projecto)
O principio do principio do principio do principio do principio...
onde anda a parte simples como desenho minimal?
A toca fica oca se não sopra ou respira
a faca já não corta se ninguém a afia
o leme fica perro
se o rumo não desprende a saída é um erro
Na toca o principio nem existe
Cá dentro há gigantes que nos regem como risos q não fingem
é eufórica a alegria
e de sangue a agonia
porque também se pode querer no que há do outro lado
e é sempre credível um conceito credível onde a mão é mais quadrada e a mensagem estudada e mais limpa do ruído -- como aquelas fotografias onde estamos bem vestidos…
mas eu gosto do ruído
eu quero do ruído outras coisas que viajam
que são espelho do que somos
como forças à deriva
que não prendem ou controlam
e são ventos sem vontade...
… mas que não param.
Eu quero a parte fraca
porque é nela que nos vemos
Desafio a parte forte
para agarrar no mundo
Quero o medo da coragem
e a coragem de ter medo
Tenho um corte que desvenda
Quero o fruto que se colhe
Pode ser anjo,
ou demónio
mas na toca não se escolhe
não se escolhe
não se escolhe.
Pois é…
Como sempre o tempo passou e eu deixei-o passar.
Não ter obrigação de fazer nada é para mim uma desculpa para fazer menos.
Não tenho que vir a este blog, embora deva – e até tenho grandes ideias para ele, paralelamente a outras grandes ideias que tenho para outras coisas e por isso acabo por me deixar boiar neste mar de grandes ideias inertes.
A verdade é que depois do Espectáculo do São Jorge achei que não fazia muito sentido continuar a falar dos concertos como se em todos acontecesse alguma coisa diferente, o que por acaso é verdade, mas é de uma maneira tão subtil que nem sempre torna os textos diferentes, pelo menos para mim.
Eis a minha ideia: posso utilizar este blog para escrever o que me apetecer! De vez em quando posso passar por aqui mesmo que não se passe nada, e escrever nem que seja só para dizer olá aos meus caros amigos blogueiros que com tanto carinho me receberam no ciber-mundo. Posso, também, pôr umas fotos, porque no outro dia tive tempo para perceber como se faz e acho que ainda me lembro. Posso inventar historias, posso mandar mensagens a alguém, posso inquietar-me ou acalmar, posso ser eu ou outro (ou outros), posso fazer disto um canal – o meu canal publico-privado, um diário, uma mentira ou uma verdade filtrada, como o mundo! Posso desistir e insistir, posso demorar muito tempo ou posso estar constantemente a escrever... nesta altura estou só a mandar coisas para o ar...
Uma coisa eu sei: esta “coisa” começa hoje.
A partir de hoje este blog pode ser uma das frentes de um projecto que pode nunca chegar a existir chamado “Tiago na Toca”.
Digo uma das frentes porque “na Toca” não se escreve só, mas este assunto fica para outra altura.
Pois fica a promessa (mais uma) de que, de vez em quando vou aparecer aqui para deixar qualquer coisa, nem que seja um obrigado.
E já agora: Alguém foi ao nosso concerto no Sudoeste? Muito obrigado a quem lá estava! Foi dos momentos mais intensos...
Até já…
Tiago
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