Em todas as casas
no escorrer das paredes
há um tempo de espera.
à espera de quê?
em todos os dias por trás das horas
há um tempo de espera
à espera para quê?
tudo parado, entorpecido
tudo não anda
porquê?
a areia no chão
o vento dormente
o ar inquieto...
a ideia de acontecer...
a pausa
16\10\2004
...e o leve som da água existe embora longe daqui, trás-te a paz que sabes possível,
mas não te mostra o caminho para o nosso outono
como se não se deixasse as folhas cair.
Os cabelos de inverno, cansados, ainda às vezes me tapam…
não me vês
aqui.
Já nos perdoámos, e vemos.
Vamos tentando limpar as salas que usámos sem nós
desarranhar as paredes, limpar as unhas gastas…
O leve som da água, cada vez mais perto
vai-nos salpicando de oxigénio por usar:
O novo dentro do que,
afinal,
não acabou…
…e aparece tudo, de novo a boca, a minha parte da tua pele, o instinto inocente da entrega,
a necessidade, a agonia de amar, o amor de ontem e hoje e depois,
por cima do mar como nos sonhos em que se voa até à desintegração,
até à negação do corpo pela vida desagarrada, presa a ela,
pura
consequente do perdão.
Voltamos à nascente, mesmo antes de amanhecer
E quando nascermos,
trazemos luzes às cores e espelhos
...
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. ...
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. silêncio
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